Hoje vai
dar o último episódio da temporada 5 da série The Walking Dead. Não falta muito
tempo para lhe por a vista em cima. Mas pareceu-me bem falar disso antes.
Apesar de ser uma série bastante promissora ao início, sinto que acabei por
acompanhá-la (até daqui a cerca de duas horas) simplesmente porque sim. Não.
Não é verdade. Gosto realmente da série. Por vezes irrita-me profundamente por
ser tão previsível. O que me leva a vê-la, desde 2010, é a curiosidade pelo
desenvolvimento da história. Óbvio. Mas não só. Fiquei bastante satisfeita com
o modo como as personagens foram exploradas. Aquilo a que alguns chamam de
tempo morto em alguns episódios (onde nenhum zombie e/ou personagem morrem), eu
chamo tempo ganho. Sempre gostei que o passado e vida antes do “apocalipse” das
personagens fosse apresentado ao espectador. Sem isso não conseguiria entender
as suas acções. O comportamento que têm em relação aos zombies é transversal a
todos. Também eu fugiria/mataria num cenário daqueles. Se conseguisse. Não consigo
correr muito e já me cortei a cortar pão…Contudo, as relações que desenvolvem
entre si são muito ricas. Mostra-nos exactamente como elas seriam caso não
precisássemos de viver atrás de máscaras, convenções e regras. A
justiça aqui é crua e dura. A divisão entre os “bons” e os “maus” é
profundamente marcada. Matar alguém sabendo que é o mau da fita é muito mais
fácil. A consciência não pesa. Sentem-se heróis. Salvadores do grupo, porque da
nação, naquele contexto, é impossível. E nós não ficamos com pena. Apenas
sentamos e esperamos (alguns até rezam) para que não aconteça nada de mal
(morra vá) ao nosso personagem preferido. Conhecê-los também me dá oportunidade
de antever o seu comportamento. É uma série sobre os vivos. Sem saber ainda
como este episódio 63 vai acabar, só me resta dizer que vou ficar, novamente,
meses a imaginar o futuro daqueles desgraçados. E agora vamos à vida porque a
morte é certa.
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Daryl Dixon & Judith The Walking Dead |
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