Adoro usar calças, calções e
saias de cinta subida. Já esteve, já foi e voltou na roda da moda. Há uns dias comprei umas calças que diziam "mom's high waist". Percebi o conceito mas imaginei, de imediato, milhentas mães sem os tais "jeans". Mas hoje não
é da moda que me apetece falar. Até porque essa senhora desperta opiniões muito
diferentes. Gosto bastante de usar essas peças com uma t-shirt/top enfiadas para dentro. Visto-me de manhã. Depois, toda eu em modo Narciso, olho-me ao
espelho e, se estiver bem-disposta, até posso gostar do que vejo. Tomo o pequeno-almoço e continuo a gostar. Vou
à minha vida e, às vezes, à dos outros. O problema começa no almoço ou no
jantar. Ou em ambas as refeições. Sejam elas leves ou pesadas, há algo que não
consigo evitar: a pancinha a sair da toca. Pois é, este é o maior problema em
usar peças de cinta subida. Acho que nem importa se somos magras ou gordas, a
dona pança está sempre lá. Não é uma pança qualquer. É uma pancinha que, quando
se sente ofendida pela comida que “emborcamos”, decide aparecer inchada e
imponente. Com roupa larga, a miss pancita não tem oportunidade, fica escondida
na leveza do tecido. Já a roupa justa não lhe consegue escapar. A solução? Apesar
de ser o intestino a controlá-la, todos sabemos qual é. É uma rotina
inevitável. Porque, sinceramente, deixar de comer, bem ou mal, não é opção. A
pancinha não é elitista nem fundamentalista. Aparece a qualquer um. E todos
gostamos de comer.
Esta não tem pancinha
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