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quinta-feira, 30 de abril de 2015

Tiger

Com a abertura da Tiger cá no Porto (já parece um cogumelo), comecei a ter mais outra loja para comprar prendas giras e baratas. Como alguém à minha volta disse no outro dia: a Tiger é a loja dos chineses com um design giro. Pronto, por mim tudo bem!Deixo aqui algumas sugestões!

Moldura Magnética 2€ | Caneca 2€ | Borracha 2€ | Mesa dobrável 2€ | Mesa dobrável 20€ |  Moldura 5€  | Álbum de fotos 3€


Tag

Sou uma caloira nos blogs. Desconhecia esta coisa das tags. Mas a Sara em Londres "nomeou-me" portanto terei todo o prazer em responder. Neste momento também pode ser uma maneira de contar mais um pouco sobre mim. Aqui vai!

1. Qual o principal assunto do teu blog?
Coisas. Coisas no geral e coisas que gosto (ou não). Divido os meus posts em reflexões, textos, livros, cinema e arte. Além de outras coisas mais girly.
2. Quanto tempo dedicas ao teu blog?
Depende dos dias e da disponibilidade. Normalmente, tenho mais tempo à noite e talvez lhe dedique duas a três horas. Durante o dia, vou dando uma espreitadela quando posso. 
3. Porque criaste um blog?
Sou uma pessoa muito tímida e senti que precisava de dar a conhecer um pouco de mim. As minhas partilhas e os meus desabafos.
4. O que fazias antes de ter um blog? ( no tempo  que perdes agora com o blog)
Continuo a fazer o que fazia que é estudar.
5. Quais os temas que mais gostas de ler?
Gosto de ler textos/opiniões pessoais. E críticas a filmes, séries ou livros. Além disso, adoro ver posts acerca de moda porque há sempre coisas distintas em todos os blogs
6. Blog ou Facebook, qual escolhes??
Blog
7. Como divulgas o teu blog?
Através do Facebook e comentando noutros blogs para que todos possamos acompanhar o que andamos a fazer.
8.Se criasses outro blog, qual seria o tema?
Talvez algo muito especifico acerca de cinema/filmes.
9. Fazes os teus próprios vídeos para o blog?
Por enquanto, ainda não tenho nenhum vídeo da minha autoria.
10. Porque criaste o blog?
Respondido na pergunta 3.
11. O que achas do meu blog? ;)
Tenho visto durante estes dois dias e estou a gostar porque já fui a Londres e adorei! Com o teu blog, dá para ter uma ideia do que se passa lá e pareces bem feliz!

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Aniversário

Hoje é o meu aniversário. Daqui a um ano, exactamente, vai ser outra vez. Digo isto porque espero que este ano (que, para mim, começa agora) corra bem. E espero que, estar numa idade ímpar não me dê má sorte. Tenho essa superstição com os números. Dou mais valor aos números pares. Talvez não faça sentido nenhum e, se avaliar, com precisão, as minhas idades, talvez me aperceba que os ímpares me trazem melhores lembranças. Para vos ser sincera, o meu último ano foi uma m&#%@. Das grandes. Deixei de ser um mirtilo para ser outra coisa qualquer. Olhava-me ao espelho e continuava intacta. Mas, por dentro, os meus espelhos estavam completamente estilhaçados. E as pequenas peças que faziam parte de mim tornaram-se afiadas. Feriam. Mas isso importa tanto como a mosca que ainda agora passou por mim.
Apesar de ser um dia especial, há coisas para fazer. Os trabalhos da faculdade são muito egoístas comigo. Querem lá eles saber se hoje me apetece celebrar. Mas vou contrariá-los porque quem manda sou eu. E se não os fizer, vou continuar a mandar. Felizmente, a partir de sexta, tenho uma semana de férias para me dedicar inteiramente a eles. Aqui estou eu, a falar de trabalho quando devia falar de mim.

Tenho 21 anos e chamo-me Isa Mirtilo e isto não é uma reunião dos desamparados. Tenho os olhos verdes e o cabelo mania que o pinto de vermelho. A minha cara é branca como a neve mas não sou uma princesa. Vivo com a cabeça no meu mundo e com os pés na terra. Concilio o mundo objectivo com o subjectivo. Vivo de lá para cá para nunca me perder. Sou mal disposta e insensível mas também sou a melhor pessoa do mundo (hoje posso vangloriar-me, só hoje prometo). O meu signo é touro. Não faço a mínima ideia do que isso possa significar. Mas uma coisa sei: estou com força para levar tudo à frente.

Eugène Grasset Avril 1986

Mirtilo

Para quem quiser testar a sorte até dia 30!
Achei fantástico lembrarem-se de mim (haha) no mês do meu aniversário!


terça-feira, 28 de abril de 2015

Reign

Reign é uma série inspirada na vida da rainha Maria da Escócia. A narrativa começa com a sua chegada a França para casar com o príncipe Francisco II. Desengane-se quem pensa que a série segue, à risca, a História. Nada disso. É uma ficção histórica com muito drama e mistérios. Além disso, recorre a elementos actuais para caracterizar as personagens e os cenários. Faz lembrar o Marie Antoinette de Sofia Coppola. É comum ouvirmos músicas fora de contexto relativamente à época. Aquilo que mais se destaca é a roupa e acessórios. A caracterização usa vestidos recentes, de criadores conhecidos, e acrescenta-lhes alguns pormenores. O contraste entre o antigo e o novo é óbvio. E belo. Os vestidos são deslumbrantes. Apetece-nos saltar para o séc. XVI. Ou de lá para cá.



segunda-feira, 27 de abril de 2015

Nutella

Um amigo ofereceu-me este livro. Entrei em êxtase porque sou das pessoas mais gulosas que conheço. Nunca me dou ao luxo de o ser todos os dias. Tento manter uma alimentação equilibrada e saudável. Mas não sou de extremos. Hoje em dia, resisto muito mais aos doces.  Eles chamam-me, eu olho e digo não.  Houve uma altura em que era incapaz de fazer isso. Não ia às compras sem trazer uma tablete  de chocolate, umas bombocas e umas bolachas de chocolate com chocolate à volta, por cima e por baixo e chocolate em todo o lado!!! Agora já não. Deixo esses prazeres para o(os) dia da asneira. No meu caso, os momentos da asneira. Tudo é permitido. Com este livro, sinto que esses momentos vão aumentar. Gosto imenso de nutella. Gosto imenso de nutella com tudo. Prometo não aumentar o meu nível de gulodice. Prometo só.

O livro traz receitas deliciosas e muito fáceis de fazer. São todas acompanhadas pela respectiva foto e por ilustrações fofinhas desenhadas à mão. É ideal para quem não gosta de perder tempo com sobremesas (eu gosto) e para quem gosta de partilhar momentos doces com quem tem ao lado.




domingo, 26 de abril de 2015

25 - Abril

Hoje já venho tarde. Confesso que ontem passei um feriado revolucionário longe de tudo. Longe disto. Longe Daquilo. Ali e além, Com este e com aquele. É necessário. Como o 25 de Abril e tudo aquilo que significa não me passou na pele, a minha opinião é só uma opinião. Porque não tive a felicidade de sentir uma libertação tão emocionada. Mas isso também significa que não passei pela infelicidade que lhe ficou para trás ou, por outro lado, pela euforia que o sucedeu. Não passei por nada. Estou aqui. A assistir a este mundo que, em quase nada, é diferente. Digo nada e sei que o posso dizer. Ninguém me vem prender. Mas sabemos que não é bem assim. Sabemos que a palavra ainda tem muito caminho para andar. Livrou-se de um lápis azul mas não se livrou de um leque de cores que tantas vezes a censuram. A palavra é tudo. Até quando não é escrita. Até quando não é dita. 

José Mário Branco, em 1982, cantou o seu texto FMI (de 1979). Um monólogo inquietante que se dirigia ao pós-revolução. Um desabafo poético onde os sonhos e encantos do movimento revolucionário são exaltados pela liberdade e que, ao mesmo tempo, levam à desilusão...Um retrato muito actual das nossas frustrações. Intemporal. Deixo aqui uma pequena parte do texto, onde a palavra aparece já cansada...mas tão consciente como começou.

(...) o FMI é só um pretexto vosso seus cabrões, o FMI não existe, o FMI nunca aterrou na Portela coisa nenhuma, o FMI é uma finta vossa para virem para aqui com esse paleio, rua, desandem daqui para fora, a culpa é vossa, a culpa é vossa, a culpa é vossa, a culpa é vossa, a culpa é vossa, a culpa é vossa, oh mãe, oh mãe, oh mãe, oh mãe, oh mãe, oh mãe, oh mãe...

Mãe, eu quero ficar sozinho... 
Mãe, não quero pensar mais... 
Mãe, eu quero morrer mãe.
Eu quero desnascer, ir-me embora, sem sequer ter que me ir embora.
Mãe, por favor, tudo menos a casa em vez de mim, outro maldito que não sou senão este tempo que decorre entre fugir de me encontrar e de me encontrar fugindo, de quê mãe? Diz, são coisas que se me perguntem? Não pode haver razão para tanto sofrimento. 
E se inventássemos o mar de volta, e se inventássemos partir, para regressar. 
Partir e aí nessa viagem ressuscitar da morte às arrecuas que me deste. 
Partida para ganhar, partida de acordar, abrir os olhos, numa ânsia colectiva de tudo fecundar, terra, mar, mãe... 

Lembrar como o mar nos ensinava a sonhar alto, lembrar nota a nota o canto das sereias, lembrar o depois do adeus, e o frágil e ingénuo cravo da Rua do Arsenal, lembrar cada lágrima, cada abraço, cada morte, cada traição, partir aqui com a ciência toda do passado, partir, aqui, para ficar... (...)


sexta-feira, 24 de abril de 2015

Isa Mirtilo

Faz hoje um mês que comecei a trabalhar no blog. Fiquei indecisa. Não tinha a certeza se era a pessoa certa para investir tempo numa coisa assim. Nunca vivi o mito não dá trabalho nenhum. Porque, na minha vida em geral, não estou nem nunca estive habituada a que as coisas caíssem do céu. Quer a nível material como pessoal. Estou habituada, sim, a lutar pelas coisas. Esforçar-me quando é necessário. Erguer uma força hercúlea quando tudo à minha volta cai. Também eu já caí. Mas estou aqui. Importante será dizer que, com o início de um blog, nunca me quis expor. Não vivo numa caverna mas, sou tímida por defeito. Contrariamente, não tenho problema nenhum em partilhar as coisas que giram à volta do meu planeta, do meu mirtilo. As coisas que gosto e as que não gosto. As que me inspiram academicamente/profissionalmente. As que, simplesmente, me fazem feliz. E, ultimamente, aquilo que também me tem feito feliz é saber que há alguém a ler o que escrevo/digo. Além disso, tenho tido oportunidade de encontrar pontos em comum com outras pessoas. Fazemos todos parte do mesmo jogo. Isso é muito bom. Obrigada!
Como disse no meu primeiro texto (ver aqui) : Enquanto o sabor do mirtilo não se torna efémero, vou tentar congelá-lo aqui, à espera de tantas outras bagas.


quinta-feira, 23 de abril de 2015

Dia do Livro

Este dia devia ser todos os dias. Aconselho toda a gente a ler, seja o que for. Começar um livro e devorá-lo. No fim, queremos mais. Também pode ser um vício! Mas este é muito bom. Hoje deixo aqui quatro sugestões que nada têm a ver umas com as outras. São livros diferentes uns dos outros, para cada tipo de pessoa (leitura) e para cada mergulho nas palavras e frases. São para quem os quiser ler. Às vezes, nem é preciso gostar. Basta ler. Só assim conseguimos fazer as nossas escolhas.



Melissa

Adoro todo o calçado da Melissa. Acho as melissas incrivelmente originais. Tanto pelo material como pelo cheiro agradável e viciante que mantêm ao longo do tempo. Este ano assistimos ao regresso do primeiro modelo da marca. A Melissa Aranha 1979. Está disponível em várias cores e parecem ser bastante confortáveis. São ideais para esta época e para o verão. Mas também acredito que, em dias mais frios, fiquem muito bem combinadas com as meias ou collants certos. Penso que rondam os 55€. Já pus a Aranha ´79 na minha wishlist!

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Santiago Ydañez

Santiago Ydañez (Espanha) faz parte dos meus pintores contemporâneos preferidos. As suas obras têm uma carga emocional complexa. Nota-se a sua predilecção relativamente ao rosto humano. A sua ligação à fotografia é óbvia. Os quadros, maior parte de grandes dimensões, revelam as suas memórias e influências, por vezes, de um modo tenebroso e inquietante. São momentos da vida, outros, da morte. São críticas e reflexões. Há uns anos, tive a oportunidade de o ver trabalhar numa das suas obras. Esta sessão aconteceu para perceber o seu modo de pintar e método de trabalho. Com uma tela em branco, de grande escala, rapidamente esboçou um rosto com grandes e rápidas pinceladas. Deixo aqui alguns exemplos da sua obra!

s/t 2014
s/t 2012
s/t 2010
s/t 2010
s/t 2011


terça-feira, 21 de abril de 2015

Coca-cola

Há algum tempo, fiz um corte radical nos refrigerantes. Bebo Coca-Cola muito (muito) de vez em quando. Não faço publicidade à bebida. Hoje, venho falar do novo anúncio da companhia. Estamos habituados a que sejam imensamente inspiradores. Que se refiram à felicidade como algo naturalmente alcançável por todos. Embora estas coisas não sejam pão pão, queijo queijo, tenho que admitir que fiquei tocada com o anúncio que vi ontem na TV. Assistimos a três crianças que fazem perguntas aos pais acerca da família...não convencional. Uma mãe que é demasiado velha para ser mãe, um casal adoptivo e um casal homossexual. Estes pais acabam por perguntar aos seus filhos: se pudesses escolher a tua família, escolhias-nos a nós? Ao que as crianças respondem, com um grande sorriso na cara: SIM! Com isto, a Coca-Cola afirma o seu statement: a felicidade é sempre a resposta. Nesta felicidade estão incluídos todos os modelos de família.

A palavra convencional, neste contexto, irrita-me profundamente. O que é ser convencional? Ter uma papá e uma mamã?E um tio giro?E uma tia interesseira? A família é a base de muita coisa. Mas a família não vive do sangue que nos corre nas veias. A família são as pessoas que nos desejam e gostam de nós. São aquelas que nos acolheram, que nos educaram, que nos deixaram errar, que não fazem julgamentos porque o amor que sentem por nós é sólido. Todas as famílias são convencionais se assim o entendermos. Todas as situações são normais. As famílias não dependem de um número. As famílias, tendo em conta os pais, são: o pai e o pai, a mãe e a mãe, o pai e a mãe, o pai e a mãe, separados, a mãe, o pai. Não há coisa que seja tão normal, para mim, como isso. As famílias são emprestadadas. São as avós e os avôs, os tios, as tias, os primos, as primas. Sejam eles quem forem. Vivam eles como viverem. As famílias são os amigos. A família é tudo se a tivermos. Se gostarmos dela. Caso contrário, a família é pouco e não sabe a nada. Volto a repetir, a família não vive do sangue que nos corre nas veias.


Eu adoro a minha. Adoro que seja tudo, menos normal. E a vossa família?Como é? 



segunda-feira, 20 de abril de 2015

Outfits IV

Criei dois outfits com os vestidinhos baratos da H&M. 
Desta vez, sem padrão. Em verde e em preto. Duas sugestões para uma ocasião mais formal!

Vestido H&M 9.99€ Colar Parfois 14.99€ Carteira Parfois 9.99€ Sandálias Pull&Bear 29.99€

Vestido H&M 9.99€ Brincos Parfois 5.99€ Carteira Pull&Bear 9.99€ Sabrinas Parfois 12.99€

Mansfield Park

Mansfield Park, 1814. Podia falar de qualquer um dos livros da Jane Austen. Escolhi este por ser o mais odiado por alguns leitores. Porquê? Por não ser a típica heroína austeana. Além disso, a história demora mais tempo a chegar a algum lado. Embora isto seja verdade, nunca percebi em que sentido é que o livro perde alguma coisa. Fanny Price, ainda criança, vai viver com os seus tios para Mansfield Park. Isto acontece porque os seus pais, com mais filhos, não conseguem suportar a sua educação. Longe dos irmãos e dos pais, passa a conviver com os seus primos e tios. Cresce e aprende com eles. Tem uma educação semelhante mas, ainda assim, é inferiorizada. Afinal, os seus familiares têm dinheiro. Ela não. Enquanto cresce, ao longo dos anos, tem como obrigação ajudar as tias nas tarefas domésticas. Isto é, fazer por elas. As suas primas vivem num mundo paralelo e fútil. Um dos primos tem constantemente um comportamento boémio. O outro, santo. Muita água correu até ao final do livro. Só aí encontramos respostas. Jane Austen criou personagens muito reais tendo em conta a sua época. Aborda a escravatura de um modo subtil. As críticas à sociedade inglesa, à semelhança dos outros livros, são bastante óbvias.

Fanny Price é uma rapariga tímida, frágil e submissa. Nunca aparece na linha da frente. Não é uma Elizabeth Bennet (Orgulho e Preconceito 1813). Não sai a correr de casa. Não ignora as tarefas que lhe são destinadas. Não opina, em voz alta, acerca do comportamento alheio. Não muita coisa. Vive nos seus pensamentos. É muito observadora e perspicaz. Tem a capacidade de perceber, desde logo, o bom ou mau carácter das pessoas. Vemos que ela não se engana. É muito ligada à tradição. Para ela, dar um passo à frente é, muitas vezes, um sacrifício. Sempre gostei da Fanny mas sempre desejei que ela se passasse da cabeça. Sintam-se inspirados!
Mansfield Park, filme de 1999 (trailer)

domingo, 19 de abril de 2015

Presente

Há uns dias publiquei três vestidos da H&M (ver aqui). Faço anos daqui a uns dias mas já recebi um presente antecipado do meu namorado. Obrigada por estares atento! O vestido não me desiludiu. O padrão é igual (digo isto porque já vi vestidos ao vivo que me deram vontade de vomitar) e assenta muito bem na cintura. A parte de baixo fica rodada e tem o comprimento ideal para não estarmos sempre a pensar se temos o rabo à mostra. E assim, adiro oficialmente aos ananases!




Dalí | Daqui

Há pessoas que se esforçam demasiado para ser perfeitas. Para quê? Ser perfeito deve ser tão aborrecido. Saber tudo, ser tudo e ter tudo. Se fossemos perfeitos, deixaríamos de querer tudo. Ou seja, os nossos objectivos e ambições deixariam de existir. A nossa esperança? Inútil. O nosso esforço? Não há. O nosso receio? O que é isso? A nossa dor? Não sentimos. Parece que ser perfeito iria ser bem pior do que vivermos carregados com os nossos defeitos e imperfeições. Só assim conseguimos dar importância às qualidades. Só assim os outros são capazes de gostar de nós. Porquê? Porque sofremos do mesmo mal. Somos azeite. Somos água. Eles não se misturam. Mas nós, no meio desses pólos, lá vamos conseguindo misturá-los. Não se esforcem para ser perfeitos. É inalcançável


sábado, 18 de abril de 2015

Gajos will be gajos

Humanamente falando, sou daquelas gajas que não se põem nem acima nem abaixo de um gajo. Sempre ao lado. E quem não gostar…. Mas às vezes sinto uma vontade imensa de ser mimada com o meu namorado. De ser uma lady em desespero à espera do seu gentleman. Hoje fui até ao quarto e encontrei um insecto a caminhar pela parede. Ahhhhhhhhhhhhhh. Na verdade, não tenho medo nenhum. Rápido lhe tinha dado uma chinelada. Mas precisei de um momento à filme romântico. Chamei-o e disse-lhe “Mata o bicho mas não deixes marca na parede”. O que é que ele faz? Põe-lhe o chinelo em cima e…arrasta para baixo. Mancha castanha na parede. A minha cara: pelo amor dos bichos!!! A seguir, pedi-lhe (obriguei-o) para ir buscar o pano. E ele traz o pano seco de limpar a loiça. NÃO!!! O MOLHADO!!! Finalmente, lá entende o que lhe pedi e limpa a mancha. Ainda foi a tempo de limpar todos os restos mortais do pobre bicho. Durante este episódio, não foi capaz de tirar o cigarro da mão e continuou a fumar como um lorde. Que paciência. Podemos ser todos iguais. E somos. Mas gajos will be gajos.


American dream?

Com a abertura de uma loja que apenas vende produtos importados dos States, descobri estas bebidas. Sinceramente, quis lá eu saber daquilo que tinham dentro. Fiquei rendida com o design das garrafas. São de vidro. Não foram caras (à volta de 1.50€, penso). Ou seja, se soubesse mal, não teria importância porque iria ficar, imediatamente, com um objecto decorativo. Provei. É um ice tea, vá. Mas melhor. O sabor é mais requintado. Mais tarde, percebi que também estão à venda em alguns hipermercados. Em lata ou em garrafa de plástico. Os meus preferidos são o de chá branco com mirtilo (obviamente) e o de chá verde com romã. A viver o sonho americano...enquanto bebo, apenas.


sexta-feira, 17 de abril de 2015

As gaivotas, essas...

Uma gaivota voava voava, asas de vento, coração de mar…Como ela, somos livres, somos livres de voar. 

A ideia de que realmente somos livres é muito bonita. Não só para Portugal, mas para todas as nações que passaram (e passam) por uma ditadura. A música é inspiradora. Mas porquê uma gaivota?! Com tanta passarada para escolher. Moro no Porto. Se toda a gente aqui vivesse, já nem me alongava mais. Já estaríamos conversados. Qualquer pessoa que more no litoral, sabe daquilo que estou a falar. 

As gaivotas são lindas. Lindíssimas. Belas. Oh, os poemas, as metáforas e a inspiração! Mas também são umas porcas. Uma ave adjectivada de outro animal. Tem mesmo que ser. As gaivotas não são apenas a fotografia perfeita à beira mar. Não são umas deusas brancas capazes de se elevar aos céus. São sujas. São nojentas. São assassinas. São canibais. São demoníacas. Durante o dia, trocam o mar pelos caixotes do lixo, cheios de sacos deliciosos à espera de bicadas. Por favor, ninguém me volte a falar mal de cães. As gaivotas superam-nos. Destroem tudo. Depois, não são esquisitas. Pode ser papel, casca de banana, peixe ou cocó. Ou então uma pomba…ou outra gaivota, porque não? Não perdem tempo. Sim, porque a fome não espera. Ou a vontade de comer…Enquanto vivencio este cenário caótico durante o dia, só me resta esperar que, à noite, se ponham daqui para fora. Mas algumas devem ter medo à água, de certeza. Porque ficam aqui. Armadas em corujas. A guinchar a noita t-o-d-a. Odeio-as. Psicopatas. Com aquele olhar de quem quer ferir, rasgar, matar. 
Elas devem sentir o meu ódio. Porque hoje cheguei a casa e na janela escorria um líquido branco. Não sei como direccionam o rabo para acertar, exactamente, no vidro. Dripping revolucionário. Expressionismo abstracto. Qual Pollock, qual quê. 

Jackson Pollock at work

Alice

Alice No País das Maravilhas (Lewis Carroll, 1865) é tudo, menos um conto infantil. A simbologia que lhe está associada passa por algo muito maior. Mais conspirador. Mesmo assim, não deixa de ser um dos meus contos preferidos no que diz respeito à imaginação e à alucinação. Hoje deixo aqui um outfit minimalista inspirado na Alice.

"Quando acordei hoje de manhã, eu sabia quem era, mas acho que já mudei muitas vezes desde então."

Vestido Bershka 24.99€ | Sandálias Zara 39.95€ | Mala H&M 29.99€ | Collants H&M 7.99€ | Colar Lefties 1.49€ | Laço Accessorize 4.90€


quinta-feira, 16 de abril de 2015

Pi = 3,14

Se a morte anda tão chegada à vida não é por uma necessidade biológica — é por ciúme. A vida é tão linda que a morte se apaixonou por ela, e é um amor ciumento, possessivo, que tenta controlar o que pode. Mas a vida escapa a esse controle com a maior facilidade, perdendo apenas uma coisinha ou outra sem grande importância e, para ela, a tristeza não passa de uma sombra passageira de uma nuvem.
A Vida de Pi, Yann Martel 2001

A Vida de Pi (Life of Pi). Recomendo, de igual modo, o livro e o filme (Ang Lee, 2012). Primeiro, li o livro. Fiquei com vontade de ver o filme mas pensei logo que podia ser uma desilusão. Que toda a riqueza do livro iria desvanecer. Neste caso, essa ideia é totalmente errada. Claro que um livro é um livro. Bem sei. Mas um filme também é um filme. E estes dois vivem, na minha opinião, muito um do outro. Porque são igualmente ricos em imagens, descrições e sentimentos. O filme acaba por ser uma reinterpretação das imagens que já tinha lido. Mas também acrescenta elementos visuais que, por algum motivo, não consegui imaginar. Um rapaz que sobrevive a um naufrágio e, no barco salva-vidas, tem que partilhar o pouco espaço que tem com um tigre. Parece ridículo e infantil. Mas não é. Ensina-nos imenso acerca da condição humana. Da sobrevivência, da convivência, do desespero e, sobretudo, da imaginação. 
Então a morte é apaixonada pela vida. E a maneira que encontrou para a amar possessivamente, foi desafiá-la diariamente. Colocar-lhe obstáculos. Para que a vida não sobreviva. Para que a vida dê lugar à morte. Há amores assim. Amores em que se torna impossível conviver. Em que alguém tem que sair para o outro ficar. Em que o um vive para si mesmo, sem contar que o resultado sejam dois. É isso que a morte faz. Quer controlar, ser um todo, ser a única e ser completa. Já a vida, perdendo muitas batalhas, é capaz de se erguer vezes sem conta. Relativiza os problemas. Quando sofre, sofre a sério. Mas, a seguir, o sorriso já lhe ocupa a cara toda. Somos nós. Temos essa capacidade de enfrentar a morte porque não, ela não é mais forte que nós. E, até quando nos vencer, vai ser mais fraca. Porque a vida continua. A morte não.

créditos imagem : alternativemovieposters.com




Vestidos II

Gosto muito deste tipo de vestidos. Acho que ficam bem com tudo! Sandálias ou botas. Blazer ou casaca de ganga. Leggings ou collants. E todos os acessórios que nos passem pela cabeça! São ideais para ambos os looks: formal ou casual.Tenho imensos com este corte e, geralmente, consigo comprá-los a um preço bastante acessível. Espero que gostem!

H&M 9.99€

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Cheiro Silvestre

Porque tudo na minha vida tem que ser silvestre. Já experimentei três perfumes da colecção Les Plaisirs Nature da Yves Rocher. O de morango, o de framboesa e o de amora. Gosto de perfumes doces. Nota-se, não é? Aquele que mais gostei foi, sem dúvida, o de amora. Não se torna tão cansativo como os outros dois. Estes perfumes não duram o dia todo, é certo. Mas ficam por lá, entranhados num fio de tecido ou num fio de cabelo. O gel duche e o creme deixam um cheiro mais permanente na pele. Às vezes dou por mim a snifar os braços de tão bem que cheiram. O esfoliante resulta muito bem e deixa a pele fresca e em modo amora.


preço à volta dos 8/9€

Esfoliante - 3.89€ | Creme - 5.39€ | Gel duche - 4.79€

Close-up. Long-shot

Chaplin faz uma comparação entre as perspectivas da vida e dois termos cinematográficos relativos ao enquadramento da câmara. Close-up. Long-shot. A tradução para português não nos permite fazer essa associação de modo objectivo. Mas conseguimos perceber o sentido da expressão. Com a distância, quer física ou temporal, os problemas que nos pareciam tão importantes, diminuem. Eram-nos próximos, abafavam-nos a cara e o peito. Respirar, nem pensar. Um sufoco constante. Depois, um sopro. Um movimento. Um afastamento. Ai, como as coisas parecem tão pequenas agora!Como temos os olhos tão abertos. Como conseguimos ter uma visão geral das coisas sem dar importância imerecida aos pormenores. É tão bom olhar lá para o fundoooo e saber que o nosso sofrimento é, agora, uma comédia. 

"Life is a tragedy when seen in close-up but a comedy in long-shot"

terça-feira, 14 de abril de 2015

Ode à framboesa

Alguns artigos do IKEA inspirados na minha amiga framboesa.
O último, mais docinho, é uma colaboração entre as duas.


Corre-mesa- 4.99€ | Capa Edredão e Fronha - 14.99€ | Capa Almofada - 4.99€ | Toalha de praia - 12.99€ | Tabuleiro1 - 4.99€ | Tabuleiro2 - 2.99€ | Guardanapos - 1.50€ | Doce de framboesa e mirtilo - 4.50€





Dolce far niente

Doce ociosidade ou, literalmente, fazer nada. Em bom português: não fazer a ponta dum corno. Esta é a expressão que define o meu estado de espírito de hoje. Depois de fazer uma análise às coisas que tenho que fazer, decidi que a melhor opção seria ficar com o esqueleto esticado no sofá. Devia sentir a consciência pesada a dizer: olha os trabalhos, olha que depois não tens tempo, olha que amanhã já é quarta, e depois quinta, e depois sexta, e depois fim-de-semana. Finalmente! Mas ainda é terça. E não fazer nada, hoje, dá-me imenso prazer. Nem sou capaz de pensar porque estou envolvida num sentimento hipnótico que me permite divagações acerca de tudo. Por outro lado, não me deixa pensar objectivamente. Também agora não quero. Amanhã acordo, prometo. Agora só quero ficar aqui, enquanto viajo por todo o lado. Quero ficar aqui a olhar para o infinito e ele para mim. A minha gata está como eu. Mas está assim todos os dias. Eu não posso. E embora não esteja a fazer nada, estou a fazer qualquer coisa. Mas isso já vai parar.

John William Godward Dolce Far Niente 1904

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Saias e sandálias

Deixo aqui algumas das peças que mais gostei numa visita rápida ao site da La Redout, que está com algumas promoções. As mini-saias tube continuam a fazer parte do nosso guarda-roupa e as saias de renda, na "berra" há uns anos, voltam agora a seduzir-nos. O rosa nude é uma das cores mais amadas este ano, daí a sugestão das primeiras duas sandálias. Já as últimas são um pouco mais arrojadas, com um padrão floral.

                                       9.99€ | 26.99€                                                                             14.99€ | 17.99€

                                                                                 31.49€ | 27.49 | 20.99€