Foi dito que um homem não está morto enquanto o seu nome ainda é
falado. Que só morremos, de facto, quando desaparecemos da memória daqueles que
nos amaram. Significa que um grande artista nunca morre. Desde que os seus
livros sejam lidos, as suas pinturas admiradas, que as músicas sejam cantadas,
podemos viver eternamente.
Dr. Henry Morgan, ep.9
6.A.M. FOREVER
Só assim, com a persistência da
memória, temos acesso a grandes obras. Conhecemos a sua importância na época em
que foram produzidas. Contudo, têm-nos assombrado, no bom sentido, durante
séculos. Por vezes, parece que nos são introduzidas ainda no útero. Não nos
conseguimos separar de uma música que tem o dobro da nossa idade, de uma
pintura que não nos diz nada e dela tanto gostamos, de um livro que não foi
escrito para nós e ai, encaixamos tão bem na história. Ou ainda, de um filme
que sem palavras, nos diz tanto. São heranças. E por causa dessas não se
discute nem os tios andam à pancada.
Infelizmente, com as pessoas que
realmente amamos já não funciona assim. Também permanecem na memória. Ainda
mais. Mas a dor causada pela falta da sua presença física é incurável. Eu não
sei. Mas contaram-me…
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