O que é um livro? A sério, o que
é um livro? Esta pergunta repete-se na minha cabeça. Consigo alcançar várias
respostas. Tradicionalmente, um livro é uma acumulação de páginas sobre certo
assunto, com capa, contra-capa, letras, frases, parágrafos, etc. Quantos livros
temos em casa? Quantos livros já lemos? No contexto artístico, um livro pode e
deve ser inúmeras coisas. O livro é repensado para criar novos livros ou fazer
transformações que envolvam a criação de objectos. Diferentes intenções,
diferentes narrativas. Há obras que se aproximam do conceito tradicional do
livro e que, fisicamente, o ultrapassam. Há camadas, aglomerados, focos,
imagens, coisas, tantas coisas. Informações. Um livro é um livro, é digital, é
uma escultura, uma performance, uma instalação, uma pintura. Penso que um livro
pode ser tudo aquilo que a nossa imaginação permitir. Nós somos autores. Todos
temos um bloco, um diário gráfico, umas folhas soltas por aí, onde rabiscamos
todos os dias. São as nossas palavras, o nosso banco de imagens, a nossa
impressão digital, os nossos riscos, riscos, riscos. Quantos deles riscos da
vida…
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Marcel Duchamp Boite en valise 1935-41 |
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Anselm Kiefer The High Priestess 1985-89 |
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